Velho Hino

terça-feira, 22 de novembro de 2016

sexta-feira, 22 de julho de 2016

quinta-feira, 21 de julho de 2016

sábado, 25 de junho de 2016


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Um crime antes do tempo.





A 1.ª Exposição Colonial, instalada no Palácio de Cristal, abriu as suas portas ao público no dia 16 de Junho de 1934, após ter sido inaugurada, com pompa e circunstância, na noite anterior, numa sessão solene no Palácio da Bolsa do Porto em que esteve presente o Presidente da República, general Óscar Carmona.
.
.
.
O Presidente da República, Óscar Carmona sentado ao centro em cima, 
Henrique Galvão, sentado em baixo, terceiro a contar da direita

O tenente Henrique Galvão, director técnico da Exposição Colonial era então um promissor quadro em ascensão no firmamento do novíssimo Estado Novo. Em 1931, acompanhara o seu amigo e então ministro das Colónias, Armindo Monteiro à Exposição Colonial de Paris, onde apresentou uma comunicação no Congresso da Imprensa Colonial, na qualidade de director da revista Portugal Colonial, que fundara nesse mesmo ano.

.
.
.

Henrique Galvão, por Eduardo Malta.


Portugal Colonial, n.º 5 – Julho de 1931


.
.
A Exposição Colonial de 1934 no Porto pretendia ser, à nossa dimensão, uma réplica da exposição francesa mas evidenciando o carácter único da vocação colonial portuguesa. Como director técnico, Galvão era a alma daquele mini-Império que se espalhou pelos jardins do Palácio de Cristal, com as aldeias de indígenas das colónias expressamente trazidos para o Porto  ‑ a parcial nudez das mulheres africanas foi um enorme sucesso popular ‑, com numerosos stands comerciais, restaurantes, reproduções de monumentos célebres, como o arco dos vice-reis da Índia ou o farol da Guia de Macau, com um parque zoológico com diversos animais vivos (um zebu, uma leoa, uma gazela e um camelo) e, ainda, com um Luna-Park com diversas atracções tais como o Muro da Morte e o Comboio Fantasma.
...
.


Aldeia africana no Porto

.
.
Pavilhão da H. Vaultier

Salazar visitara o recinto da Exposição durante a sua construção e Galvão tinha tido a possibilidade de lhe mostrar a sua capacidade de concretização dos ideais do Estado Novo. A Exposição de 1934 pretendia ser a lição de colonialismo que faltava ao povo português, já que, afirmou Galvão no discurso da inauguração, os homens da sua geração tinham vindo ao Mundo num país pequeno mas, felizmente, pretendiam morrer num Império. Longe estavam, pois, os tempos da dissidência de Henrique Galvão. Ainda faltavam muitos anos para o seu apoio à candidatura oposicionista de Quintão Meireles à Presidência da República, para o desvio do paquete “Santa Maria” no mar das Caraíbas e do avião da carreira Casablanca-Lisboa da TAP .
E, no entanto ...
.
.
.
Torre do Tombo, PIDE/DGS, Delegação do Porto, Processo nº 4632/1934, NT 2838

Dois dias antes da inauguração circulava pelas ruas do Porto, um texto policopiado, com a reprodução da assinatura de Henrique Galvão, em que comunicava “ao Exmo. Público do Porto, do País e turistas estrangeiros” que a Exposição não iria ser inaugurada como previsto no dia 16 “ devido a um malfadado de um macaco africano ter destruído a jaula destinada a Sua Exa. General Carmona”.
.
.
.



Torre do Tombo, PIDE/DGS, Delegação do Porto, Processo nº 4632/1934, NT 2838
-
.
.
Em 23 de Junho, a Direcção da Polícia de Investigação Criminal do Porto abriu o “competente” processo crime, tendo sido ouvido o comerciante Virgílio Correia mas não houve quaisquer outras diligências. Henrique Galvão não chegou sequer a ser ouvido.
Ainda era cedo para que aquelas irónicas palavras lhe pudessem ser atribuídas...





 Francisco Teixeira da Mota

quarta-feira, 22 de junho de 2016


sábado, 18 de junho de 2016


Nuno Roca esta de volta

Tempo5


1891
Janeiro, 5-7 - Congresso do Partido Republicano Português, no Porto. É aprovado um novo programa para o partido.
Janeiro, 10 -  João de Azevedo Coutinho regressa de África, sendo vitoriado
Janeiro, 31 - Revolta republicana no Porto, com proclamação da República na varanda da câmara municipal. 
Fevereiro, 5 - As Câmaras reabrem para votarem as bases do monopólio do tabaco e um empréstimo de 10 milhões de libras. O Conde de Burnay emprestará 3 milhões de libras, com a condição de lhe ser concedido o monopólio do tabaco.
Fevereiro, 20 - Promulgação de uma Portaria que restringiu a liberdade de reunião e associação, em nome da manutenção da paz social.
Março, 23 - Aprovação de uma lei que garantia a jornada de trabalho de 8 horas e fixava uma tarifa de salários mínimos.
Abril, 1 - Adiamento da reunião do parlamento. O governo anuncia que passará a governar em ditadura.
Abril, 3 - São lidas as sentenças contra os implicados no 31 de Janeiro. 
Abril, 14 - Decreto regulamentador do trabalho feminino e infantil na indústria.
Abril, 21 - O dirigente republicano Elias Garcia morre.
Maio, 7 - Bancarrota do Estado português. É suspensa por 90 dias a convertibilidade das notas de banco, o que provoca uma desvalorização do papel-moeda em cerca de 10%
- O exército é colocado em estado de prevenção.
Maio, 9 - As associações operárias são autorizadas, desde que os seus fins fossem exclusivamente profissionais.
Maio, 15 - Publicação da encíclica de Leão XIII Rerum Novarum. Estabelece a doutrina social da Igreja católica, e a participação dos católicos na política do seu tempo, dando origem à Democracia Cristã, isto é à «acção católica popular».
Maio, 25 - Grande remodelação governamental, que retira ao governo o carácter extra-partidário. A crise financeira é o principal problema que o novo governo terá que enfrentar.
Maio, 28 - Joaquim Tomás Lobo de Ávila, conde de Valbom, negoceia as bases do tratado de Londres, o que permite  que seja apresentado na Câmara dos Deputados em 2 de Junho. Portugal cede vastas áreas compreendidas entre Angola e Moçambique.
Junho - Congresso do Partido Socialista Português, em Coimbra.
Junho, 23 e 25 - Aires de Gouveia, na Câmara dos Pares, critica a perseguição aos republicanos, considerando-os uma pequena minoria
Julho, 9 - É imposto por decreto o curso forçado das notas de banco.
Agosto, 29 - Latino Coelho, dirigente republicano, antigo ministro progressista, morre.
- Heliodoro Salgado, jornalista republicano, é preso por delito de imprensa.
Setembro, 11 - Antero Quental suicida-se em Ponta Delgado, nos Açores, com dois tiros de revólver.
Outubro, 8 - Criação do primeiro Hospital Veterinário, em Lisboa.
Outubro - Domitilia Hormizinda Miranda de Carvalho torna-se a primeira mulher a inscrever-se na Universidade de Coimbra. Médica e professora do Liceu Maria Amélia Vaz de Carvalho será eleita em 1935 e em 1938 deputada à Assembleia Nacional nas listas da União Nacional. 

1892
Janeiro, 15  - O presidente do conselho João Crisóstomo confirma que o ministro da fazenda Mariano de Carvalho fez adiantamentos à Companhia Real dos Caminhos de Ferro sem conhecimento do governo.
Janeiro, 17  - Nomeação do governo de Dias Ferreira, de Acalmação Partidária. No governo participa pela única vez na sua carreira política, e só até 27 de Maio, Oliveira Martins. 
Janeiro, 20  - Oliveira Martins discursa na Câmara dos Deputados
Janeiro, 21  - O deputado Ferreira de Almeida propõe novamente a venda das colónias para se fazer face ao défice orçamental de 10 mil contos, excluindo da venda apenas Angola e a Índia.
Janeiro, 29  - D. Carlos cede 20% da sua dotação para diminuir o défice.
Fevereiro, 5 - Manuel de Arriaga, deputado republicano e futuro presidente da república, propõe um inquérito ao antigo ministro da fazenda Mariano de Carvalho.
Fevereiro, 26 - Oliveira Martins apresenta a proposta de uma Lei de Salvação Pública.
Março, 3 - O ministério da instrução pública é extinto novamente, voltando a educação a ser dirigida pelo ministério do reino.
Março, 20 - Morte de Lopo de Vaz.
Março, 22 - O jornal Revolução de Setembro deixa de ser publicado, ao fim de 51 anos de vida.
Março, 24 - Realização de um Congresso das Associações de Classe, no Porto.
Abril, 13 - Dias Ferreira nomeia António Serpa para negociar um acordo com os credores externos.
Maio 10 - Nova pauta aduaneira, que termina com o livre-cambismo. 
Maio 27 - Dias Ferreira, presidente do conselho, substitui Oliveira Martins na fazenda, aproveitando uma  remodelação governamental
Junho - Julgamento do jornalista republicano Heliodoro Salgado.
Junho, 11 - É assinado o contrato para a colocação de um cabo submarino entre o continente e os Açores.
Junho, 15 - O processo de pagamento aos credores externos do estado é regularizado.
Junho, 27 - É assinado o contrato definitivo com a Companhia de Carris de Ferro de Lisboa. 
Julho - Congresso das Associações de Classe, em Lisboa, reunindo as associações do Sul que tinham abandonado o Congresso reunido no Porto.
Julho, 11 - Assinatura de um novo contrato entre o Estado e o Banco de Portugal, que é contestado pela Associação Comercial de Lisboa
Julho, 22 - D. Carlos visita Coimbra oficialmente.
Agosto, 18 - A praça de touros do Campo Pequeno é inaugurada.
Setembro, 13 - O jornalista e dirigente republicano João Chagas é preso.
Setembro, 18 - Começa a publicar-se em Lisboa o jornal anarquista A Revolta.
Outubro - Portugal faz-se representar nas comemorações do 4.º Centenário do Descobrimento da América com uma réplica da Nau S. Rafael, em que Vasco da Gama navegara para a Índia.
Outubro, 23 - Eleições legislativas. O presidente do conselho Dias Ferreira não consegue ser eleito por Aveiro, sendo eleito por Penacova no último momento.
Novembro, 29 - João Crisóstomo é substituído por José Joaquim de Castro na guerra.
Dezembro, 19 - Detonação de uma bomba em Lisboa, despoletada por anarquistas.
Dezembro, 23 - O general Ferreira do Amaral acumula a pasta da marinha e a dos negócios estrangeiros.



Próximo 1893