Velho Hino

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

 
 

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Santa Maria - 1



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Arquivo Fototeca do Palácio Foz
(actualmente, na Direcção-Geral de Arquivos/Torre do Tombo)
 
A 1.ª Exposição Colonial, instalada no Palácio de Cristal, abriu as suas portas ao público no dia 16 de Junho de 1934, após ter sido inaugurada, com pompa e circunstância, na noite anterior, numa sessão solene no Palácio da Bolsa do Porto em que esteve presente o Presidente da República, general Óscar Carmona.
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O Presidente da República, Óscar Carmona sentado ao centro em cima, 
Henrique Galvão, sentado em baixo, terceiro a contar da direita
 
 
O tenente Henrique Galvão, director técnico da Exposição Colonial era então um promissor quadro em ascensão no firmamento do novíssimo Estado Novo. Em 1931, acompanhara o seu amigo e então ministro das Colónias, Armindo Monteiro à Exposição Colonial de Paris, onde apresentou uma comunicação no Congresso da Imprensa Colonial, na qualidade de director da revista Portugal Colonial, que fundara nesse mesmo ano.
 
 


Henrique Galvão, por Eduardo Malta.





Portugal Colonial, n.º 5 – Julho de 1931
 
 



Aldeia africana no Porto

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Pavilhão da H. Vaultier
 
 
 

Torre do Tombo, PIDE/DGS, Delegação do Porto, Processo nº 4632/1934, NT 2838


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Dois dias antes da inauguração circulava pelas ruas do Porto, um texto policopiado, com a reprodução da assinatura de Henrique Galvão, em que comunicava “ao Exmo. Público do Porto, do País e turistas estrangeiros” que a Exposição não iria ser inaugurada como previsto no dia 16 “ devido a um malfadado de um macaco africano ter destruído a jaula destinada a Sua Exa. General Carmona”.
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Torre do Tombo, PIDE/DGS, Delegação do Porto, Processo nº 4632/1934, NT 2838
 
 
Em 23 de Junho, a Direcção da Polícia de Investigação Criminal do Porto abriu o “competente” processo crime, tendo sido ouvido o comerciante Virgílio Correia mas não houve quaisquer outras diligências. Henrique Galvão não chegou sequer a ser ouvido.

Ainda era cedo para que aquelas irónicas palavras lhe pudessem ser atribuídas...

 Francisco Teixeira da Mota
 
 

A acusação do Ministério Público:          Comarca de Lisboa
         1º Juízo Criminal

         O Digno Magistrado do Ministério Público neste Primeiro Juízo Criminal da Comarca de Lisboa, acusa:
         1º Humberto da Silva Delgado, casado, de 60 anos de idade, ex. oficial do Exército, filho de Joaquim da Silva Delgado e de Maria do Ó Pereira Delgado, natural do lugar de São Simão, freguesia de Brogueira, concelho e comarca de Torres Novas;
         2º Henrique Carlos Malta Galvão, casado, de 65 anos, ex. oficial do Exército, filho de Celestino Galvão e de Maria Malta Galvão, natural de Lisboa;

 
 
 


 
 
 
 
 
 

 
 

 

 

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