O ex-primeiro-ministro José Sócrates defendeu
hoje que Portugal tem de debater o papel que quer para o Estado na sociedade e
considerou um engano a doutrina neoliberal que pretende opor a liberdade
individual ao Estado social.
José Sócrates falava na apresentação do seu livro "A confiança no mundo,
sobre a tortura em democracia" (editado pela Babel), no Museu da Electricidade,
em Lisboa, tendo ao seu lado os ex-presidentes de Portugal Mário Soares e do
Brasil Lula da Silva.
Depois de ter classificado Lula da Silva como o "melhor" Presidente da História Contemporânea brasileira, o anterior líder do executivo português observou que, ao contrário da Europa, no Brasil há agora manifestações a exigir-se mais saúde e mais educação.
"O papel do Estado é um dos debates que o país tem de ter. Há para aí quem ponha o Estado contra o indivíduo, mas é um engano e um equívoco. Foi o Estado do liberalismo clássico que libertou o indivíduo, que lhe deu direitos", sustentou José Sócrates.
Também na perspectiva de José Sócrates, "foi o Estado social do início do século XX que libertou os trabalhadores, propondo a igualdade na educação, na saúde e a protecção nas relações com o empregador".
"Todos os que acham que o problema está no Estado social são injustos com os últimos 50 anos. Este neoliberalismo actual, que já foi vencido pela História (derrotado pelo keynesianismo), entende que o peso do Estado coloca o indivíduo a caminho da servidão. Mas, nestes últimos 50 anos de Estado social, alguém se queixou de falta de liberdade, ou o Estado social deu uma liberdade substantiva?", questionou o ex-líder socialista, recebendo uma salva de palmas.
Na sua intervenção, José Sócrates agradeceu os contributos directos ou indiretos para o seu livro dados pelo advogado Proença de Carvalho, por ex-ministros socialistas como Jaime Gama, Alberto Costa, Vieira da Silva Pedro Silva Pereira, pelo presidente honorário do PS, António de Almeida Santos, e por Manuel Alegre.
Manuel Alegre que José Sócrates defrontou na corrida à liderança do PS em 2004, com quem teve divergências políticas durante o seu Governo de maioria absoluta (2005/2009), mas que hoje o definiu "um símbolo da democracia" portuguesa e "a voz da liberdade".
José Sócrates deixou ainda um agradecimento especial ao ex-Presidente da República Mário Soares, cuja fundação apoiou a divulgação do livro, e dirigiu-se às muitas centenas de pessoas que estiveram no Museu da Electricidade.
"Sei que não foi um súbito interesse por filosofia política e sei que vos motiva principalmente a amizade. Sei que quem se encontra convosco sempre encontra mais do que a conta", acrescentou o ex-primeiro-ministro.
Depois de ter classificado Lula da Silva como o "melhor" Presidente da História Contemporânea brasileira, o anterior líder do executivo português observou que, ao contrário da Europa, no Brasil há agora manifestações a exigir-se mais saúde e mais educação.
"O papel do Estado é um dos debates que o país tem de ter. Há para aí quem ponha o Estado contra o indivíduo, mas é um engano e um equívoco. Foi o Estado do liberalismo clássico que libertou o indivíduo, que lhe deu direitos", sustentou José Sócrates.
Também na perspectiva de José Sócrates, "foi o Estado social do início do século XX que libertou os trabalhadores, propondo a igualdade na educação, na saúde e a protecção nas relações com o empregador".
"Todos os que acham que o problema está no Estado social são injustos com os últimos 50 anos. Este neoliberalismo actual, que já foi vencido pela História (derrotado pelo keynesianismo), entende que o peso do Estado coloca o indivíduo a caminho da servidão. Mas, nestes últimos 50 anos de Estado social, alguém se queixou de falta de liberdade, ou o Estado social deu uma liberdade substantiva?", questionou o ex-líder socialista, recebendo uma salva de palmas.
Na sua intervenção, José Sócrates agradeceu os contributos directos ou indiretos para o seu livro dados pelo advogado Proença de Carvalho, por ex-ministros socialistas como Jaime Gama, Alberto Costa, Vieira da Silva Pedro Silva Pereira, pelo presidente honorário do PS, António de Almeida Santos, e por Manuel Alegre.
Manuel Alegre que José Sócrates defrontou na corrida à liderança do PS em 2004, com quem teve divergências políticas durante o seu Governo de maioria absoluta (2005/2009), mas que hoje o definiu "um símbolo da democracia" portuguesa e "a voz da liberdade".
José Sócrates deixou ainda um agradecimento especial ao ex-Presidente da República Mário Soares, cuja fundação apoiou a divulgação do livro, e dirigiu-se às muitas centenas de pessoas que estiveram no Museu da Electricidade.
"Sei que não foi um súbito interesse por filosofia política e sei que vos motiva principalmente a amizade. Sei que quem se encontra convosco sempre encontra mais do que a conta", acrescentou o ex-primeiro-ministro.
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