A Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora (ou Paço Patriarcal de São Vicente ou Igreja Paroquial de São Vicente de Fora ou Igreja de São Vicente, São Tomé e Salvador) é um excelente exemplo da arquitectura religiosa maneirista e barroca.
O Mosteiro dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho está organizado no espaço à volta de dois claustros, desenvolvendo-se em três andares que constituíam as dependências conventuais: refeitórios, cozinhas, casa do capítulo, capelas, dormitórios, etc.
Apesar das suas grandes proporções respeita uma gramática maneirista de simplicidade, simetria e equilíbrio, sendo considerado um dos conjuntos arquitectónicos mais importantes e monumentais de Lisboa.
O Convento tem um portal principal que anuncia o barroco de forma exuberante, em sintonia com a qualidade dos mármores e azulejaria utilizados na decoração do seu interior. A pintura do tecto da Portaria pelo florentino Vincenzo Baccarelli, introdutor em Portugal da técnica apelidada "trompe l'oeil", é uma das poucas que sobreviveram ao terramoto de 1755.
A história de São Vicente de Fora é tão antiga quanto a Nacionalidade:
- 1147 - fundação por D. Afonso Henriques do convento de São Vicente, entregue aos cónegos de Santo Agostinho.
- 1552 - o convento contava 60 frades e 10 criados e dispunha de uma renda de 3000 cruzados.
- 1569 - D. Sebastião ordena a fundação da igreja de São Sebastião no sítio da Mouraria, como voto de graças por ter salvo Lisboa da peste. O templo não é concluído.
- 1582 - As pedras da Igreja de São Sebastião da Mouraria são aproveitadas na construção de São Vicente de Fora, edificada segundo projeto de Filippo Terzi e executado por Leonardo Torriano, Baltazar Alvares, Pedro Nunes Tinoco e João Nunes Tinoco.
- 1629 - celebrada na igreja a primeira missa.
- 1710 - pintura mural do tecto da portaria pelo italiano Vincenzo Baccarelli.
- 1720 - João Frederico Ludovice é nomeado mestre-de-obras do Mosteiro, por D. João V.
- 1755 - o terramoto causou vários danos, designadamente a destruição do zimbório.
- 1759 - o padroeiro do Mosteiro é o rei.
- 1834 - na sequência da expulsão das ordens religiosas, a zona conventual é transformada em paço episcopal.
- 1855 - instalação do Panteão da Casa de Bragança no antigo refeitório dos monges, por ordem de D. Fernando II.
- 1895 - reconstrução do zimbório, destruído em 1755.
- 1952 - adaptação da antiga sala do Capítulo a Panteão dos Patriarcas.
- 1995 - projecto de arquitectura paisagista do pátio de entrada (das Laranjeiras) e posterior execução
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